Hoje entra uma nova estação, o Outono. E como já é habitual aqui no blog, temos um post de looks para esta estação. Visto que também estamos na época de recomeçar a escola vou juntar ambos e criar alguns looks para o outono que possam ser utilizados nos tempos de aulas. Desta vez escolhi não só para rapariga como também para rapaz, espero que gostem.
Umas calças pretas são um básico que toda a gente deve ter no seu armário, conjugadas com uma camisa de ganga clara e umas all stars brancas também básicas e está um look completo, confortável e bem giro. Claro que sendo um look para a escola uma mochila também é indispensável para guardarmos os cadernos e outras coisas necessárias.

Mais um outfit super básico e confortável. Umas calças de ganga clara, que são as minhas preferidas, juntamente com uma t-shirt branca super básica é sempre uma ótima escolha. Escolhi aqui uns ténis rosa para dar um pouco de cor, mas uns brancos também podia ser uma boa escolha. Caso o dia esteja mais fresco basta juntar-lhe um cardigan de uma cor também neutra e estamos prontos para sair. Claro está, mais uma vez a mochila não podia faltar e achei que esta branca também ela simples combinava na perfeição com este look.

Vamos continuar com os posts de regresso às aulas e hoje venho falar-vos das praxes. Para isso deixo-vos um texto, um pouco longo confesso, que escrevi o ano passado sobre o tema.
Hoje venho falar de um assunto um pouco temido por uns e que deixa saudades a outros. São as praxes. Está na altura começarem as aulas e uma das dúvidas que surge neste momento são as praxes. Como são, se vale a pena, se devem ou não participar. Eu já fui praxada e por isso decidi deixar o meu ponto de vista neste texto.
Começo por dizer que, como a maioria deve saber, as praxes divergem de universidade para universidade, de curso para curso. Há praxes mais puxadas que outras, mais divertidas que outras. Mas tenho a dizer que a minha experiência é bastante positiva.
Digo-vos que eu sempre fui muito tímida e envergonhada, pensava que não me ia sentir bem nas praxes, que ia acabar por desistir, mas não. Fui para lá com espírito de brincadeira e a pensar que não era a única naquela situação e posso dizer que ajudou para que crescesse um pouco, ajudou-me a ser uma pessoa melhor.


Também sentia receio de que se não participa-se nas praxes ia acabar por ser posta de lado. Mas isso ali não acontecia. Mesmo quem não quis ser praxado nunca foi posto de lado, pelo contrário, éramos todos unidos, quer caloiros, quer praxantes. Ninguém é obrigado a nada. Mesmo quem é praxado pode dizer “não” a algumas atividades. Isto é uma coisa que muitos caloiros não sabem, eu própria não sabia, mas é verdade. E caso obriguem podem sempre fazer queixa. Não é preciso ter medo de nada. Se bem que, confesso, às vezes podem meter um pouco de medo. Claro que também não podem ir para la dizer que não a tudo, para isso mais vale desistir das praxes. Estamos ali todos para brincar, para nos conhecermos, para integrar os nossos alunos. E sim as praxes servem para integrar, visto que a maioria de nós vai para lá sem conhecer nada nem ninguém e são os alunos mais velhos, neste caso os praxantes, que nos vão ajudar. Mas não ajudam apenas a integrar. É com as praxes que também vão conhecer outras pessoas de outros grupos, o que pode ser muito bom. Experimentem pelo menos, só assim podem saber se gostam ou não. Caso não gostem podem sempre desistir.


A duração das praxes também depende de universidade para universidade. Há as que duram apenas duas, três semanas e depois têm praxe uma vez por semana até à semana académica, as chamadas quintas-feiras negras, pelo que eu já ouvi falar.
Eu andei num politécnico e lá as praxes são cinco, seis semanas de praxe, de segunda a quinta depois também podem ou não fazer essas quintas-feiras negras caso a comissão de praxe queira. Eu não tive.


Onde andei a hierarquia é simples. Os de primeiro ano são caloiros e passam a académicos no dia da serenata, ou seja, o dia que trajam pela primeira vez, esta é realizada em Março/Abril na semana académica. Os caloiros só podem ser praxados por quem tiver o dobro das matrículas que ele, ou seja, no mínimo três, e estes são chamados de doutores ou veteranos se possuírem mais de três matrículas. Contudo existem universidades que os de segundo ano já podem praxar ou que os caloiros têm outros nomes.


Posso também dizer que as atividades que se costumam realizar é “encher” ou seja, flexões, também se realizam jogos e vários tipos de brincadeiras. E atenção, há pessoas que não podem “encher” por algum motivo de saúde, não se preocupem podem ir as praxes à mesma. Os praxantes perguntam se há alguém que possa fazer algum tipo de atividade ou se são alérgicos a alguma coisa, caso não perguntem informem. Existem também as praxes temáticas, por exemplo, a noite de azeiteiro, uma das que eu participei, onde tínhamos de ir vestidos o mais parolos possível, calças ao contrário, meias de fora, sapatos diferentes, coisas desse género, cabia à imaginação de cada um. É estranho sair à rua assim mas acreditem é muito divertido e vale mesmo a pena. Também existe a praxe do pijama, do penteado, do avesso, depende de cada comissão de curso.


Para acabar este texto, que já está longo, só tenho a dizer que as praxes são uma coisa ótima para nós. Ajuda-nos em muita coisa e não só a ser integrado no curso e na instituição como também nos ajuda a nós próprios. As praxes basicamente são brincadeiras, mas não se esqueçam das ratoeiras que podem existir. Entrem no espírito e divirtam-se, pois na altura pode parecer que não vão sentir saudades nenhumas daquilo, mas a verdade é que quando acaba as saudades realmente surgem. É um orgulho vestir o traje da nossa instituição e o dia da queima é simplesmente maravilhoso. Acreditem vale mesmo muito a pena. Não digam que não sem conhecerem, experimentem primeiro e tirem as vossas próprias conclusões depois.


Já sabem, qualquer dúvida é só perguntar.
Quem aí já frequentou a universidade e foi às praxes, como foi a vossa experiência? São a favor ou contra? E quem ainda não entrou na universidade, têm curiosidade?

Continuamos nos posts de regresso às aulas e hoje o tema é sobre ser trabalhor-estudante. Hoje em dia já se vêem muitas pessoas com este estatuto, porque as propinas são caras e nem todos têm a possibilidade de as conseguir pagar, para isso optam por arranjar também um part-time enquanto estudam, assim sempre é uma ajuda.
Como já referi eu nunca usufrui deste estatuto e por isso mesmo pedi a quem tivesse usufruído para me dar o seu testemunho em relação a este tema para poder ajudar os restantes seguidores. Na verdade só tive uma pessoa que se disponibilizou para me ajudar. Falo da Patrícia do blog Pat's Orange Blossom a quem agradeço imenso pela sua ajuda, pois sem ela este post não seria possível.

Como tal eu fiz-lhe umas perguntas que acho que podem tirar algumas dúvidas sobre se devemos ou não apostar neste estatuto. Espero que este post vos seja útil.

Trabalhar e estudar ao mesmo tempo é muito cansativo?
Depende muito do tipo de trabalho e do tipo de curso, eu terminei o secundário já com 23 anos e um filho, era em horário noturno então trabalhava durante o dia. Cansativo era, às vezes saia do trabalho com vontade de ir direta para casa, para o aconchego do lar e dos homens da minha vida, mas há que fazer esforços para conseguirmos as nossas metas, o mais chato era que pouco via o meu filho pois saía quando ele estava a dormir e quando chegava... pois ele estava a dormir.

Compensa?
Por vezes pensava que não compensava, uma vez que pouco via o meu menino, assim como pouco via o marido, mas a verdade é que hoje, olhando para trás, sim compensou!

Como conciliar tudo?
Horário, agenda e força de vontade. Muitos acabam por fazer porque são obrigados a isso, no meu caso eu fi-lo porque não sou de andar parada (ainda hoje com o meu barrigão não paro quieta), tento fazer o melhor por mim e por eles. Estudar e trabalhar é fácil, trabalhar e projetos escolares para fazer... isso já são outros ABC's, era difícil, não tínhamos tempo de aulas para o fazer e com trabalho não sobrava muito tempo para trabalhos escolares, mas eu fazia uma coisa que acho que me ajudava, aproveitava os tempos livres, as horinhas mortas, onde eu tivesse tempo para ler e escrever eu fazia-o! Metro, autocarros, horas de almoço, "pausa do cigarro", tudo o que me dava tempo eu aproveitava, e conseguia ainda conviver com colegas de trabalho, eles ajudavam-me imenso ou com conhecimento ou com ideias!

Recomenda?
Recomendo, é uma experiência, ajuda a amadurecer e também a conhecer os nossos limites! Há cursos muito maus e muito bons, todos eles requerem imenso tempo, mas a verdade é que no final Vale a pena.

Este foi o testemunho da Patrícia, caso tenham mais alguma dúvida podem deixar aí nos comentários que eu tento esclarecer.
Na vossa opinião que acham deste método de estudar e trabalhar ao mesmo tempo?

Setembro faz-nos lembrar das aulas e o seu regresso. Eu acabei a minha licenciatura o ano passado contudo estou com ideias de voltar a tirar uma outra, mas talvez para o próximo ano.
Como já referi noutro post este mês vou tentar trazer-vos alguns temas relacionados com o regresso às aulas e o primeiro vai ser diferenças entre o secundário e a universidade. Curiosos?

No secundário temos aqueles livros estipulados para cada disciplina e a matéria é dada e orientada por lá. Na universidade não existem livros. Os professores aconselham uma bibliografia para a sua cadeira e vão buscar a matéria um bocadinho deste outro bocadinho daquele, mas não são obrigados a comprar nenhum. Podem simplesmente ir procurar na biblioteca para vos ajudar no estudo.
Muitos também optam por disponibilizar sebentas (uma espécie de manuais realizados pelos próprios professores). Depois também há livros que algum professor aconselha e pode ser útil para a maioria das cadeiras e nesse caso é bom comprar, pelo menos na minha opinião.

No secundário o ano letivo está dividido por 3 períodos e o que os separa são as férias do natal e da Páscoa. Na universidade o ano divide-se em apenas 2 e são chamados de semestres. Aqui o que os vai dividir são os exames finais.

Como referi em cima no secundário temos as férias de Natal, da Páscoa e ainda o Carnaval. Na universidade podem esquecer isso tudo. Obviamente que temos essas férias mas as do Natal são para estudarem para os exames porque eles surgem quando as ditas férias acabam. No Carnaval nem se quer temos o dia, pelo menos na minha universidade não tínhamos e a Páscoa deixamos de ter as duas semanas a que estamos habituados para passarmos a termos apenas uma, ou nenhuma já que nessa altura os trabalhos são imensos.

Estamos habituados a que haja testes ao longo do ano e se um não corre muito bem no próximo levantamos. Na universidade muitas vezes nem existem testes, apenas existe um exame final. Claro que há professores que acabam por decidir realizar um teste ou um trabalho mas o exame vale sempre muito mais. Caso o exame não corra bem à primeira têm sempre outra tentativa na época de recurso mas, se a cadeira for por avaliação continua, ou seja tenham realizado algum teste ou trabalho, na época de recurso esqueçam isso pois só vai contar mesmo o exame.

Outra coisa que muda é como designamos cada disciplina que temos. Na universidade passam a ter o nome de cadeiras. Caso deixem apenas uma para trás não vão perder o ano, passam para o ano seguinte e às cadeiras que têm acrescentam essa que ficou para trás. Mas também só passam de ano se fizerem metade das cadeiras que têm durante o ano todo, mais uma. Por exemplo, eu tinha 5 cadeiras em cada semestre, ou seja 10 no ano todo. Só passava para o ano seguinte se conseguisse passar a pelo menos 6 dessas cadeiras.

Na universidade deixa de haver intervalos. Muitas vezes saímos de uma aulas para entrar noutra logo a seguir. Também há professores que deixam sair um pouco mais cedo para que possam ir comer ou assim mas no horário não existe espaço para intervalos e as aulas passam a ter 2 horas cada uma.

Enquanto que no secundário éramos obrigados a ir às aulas e só podíamos ter um x de faltas na universidade tudo muda. Aqui ninguém vai estar em cima a controlar se vais ou não vais às aulas, os professores nem querem saber. Há professores que são mais rigorosos e ligam um pouco a isso passando uma folha para marcar presença e só te deixam ir a exame apenas se tiveres 70% de presenças (esta percentagem pode variar de universidade para universidade).
Na minha universidade não passavam folhas para marcar presenças mas tínhamos de passar um cartão à entrada da sala isso era o que ia dizer se tínhamos estado presente ou não, há conta desse sistema muita gente acabava por faltar dando o cartão a alguém para que passassem na sua vez.

No secundários as turmas são até 30 pessoas e são sempre os mesmos. Na universidade as turmas são enormes, por vezes mais de 100 e a cada aula vêem caras novas que nunca tinham visto por lá. Também acontece que à medida que o tempo vai avançando muitos acabam por desistir de ir e a turma fica bem reduzida.

No secundário somos obrigamos a pedir para ir à casa de banho a meio de uma aula e por vezes não nos é permitido. Na universidade não há nada disso, os professores nem gostam que peças. Os meus até diziam que preferiam que nos levantássemos e saíssemos sem dizer nada ou fazer barulho do que estar a interromper a aula para pedir uma coisa dessas. Claro que há quem aproveite para ir passear, comer, tomar café, fumar, ...

No secundário é raro a disciplina que não temos T.P.C., já na universidade é raro isso acontecer. Os únicos T.P.C. que temos são basicamente trabalhos que temos para entregar. E mesmo que tenham trabalhos aconselho a que revejam a matéria pelo menos uma vez por semana ou no próprio dia quando chegam a casa, caso contrário não irão conseguir passar às cadeiras de certeza. Mas mais para a frente vou tentar trazer um post sobre métodos de estudo na universidade.

Estas foram as diferenças que consegui encontrar mas como já devem saber há coisas que podem não ser bem como referi, visto que mudam de universidade para universidade. As diferenças que aqui vos trouxe foram baseadas na escola onde andei e na minha experiência.

Caso alguém se lembre de mais alguma ou tenha passado por alguma coisa diferente digam-me aí nos comentários para eu saber. E caso tenham alguma duvida também é só dizer que estarei disponível para vos responder a tudo.